Com renovação arquitetónica assinada por Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez, o antigo reservatório de água do Parque da Parque da Pasteleira é a primeira estação, a ocidente, do Museu da Cidade. O Reservatório reúne artefactos, vestígios e fragmentos encontrados em escavações ou recolhidos de edifícios e monumentos da cidade.


“Uma máquina de leitura da cidade”, apelidou Rui Moreira, “que também aponta para o futuro e para aquilo que é fazer cidade”. O presidente da Câmara do Porto lembrou como este edifício, desativado desde 1998, se revelou “o melhor local para iniciar o projeto do Museu da Cidade”.


“Esta é a estação mais ocidental no mapa do Porto, um espaço expositivo de cerca de 1250m2 e que dá uma nova vida e uma nova dignidade a este parque maravilhoso”, afirmou Rui Moreira, para quem “os arquitetos conseguiram fazer deste reservatório também um observatório”, dadas as vistas para todo o espaço.


Lembrando a Extensão do Douro como “mais uma conquista” e “prometendo um programa que expande o escrutínio sobre o território”, o presidente da Câmara do Porto sublinhou a ideia de que o Museu da Cidade “é um museu em construção”, à escala da cidade, perspetivando já a abertura de novas extensões.


Com a abertura a ocidente há um ciclo também que se inicia”, explica Rui Moreira, que “vai desde a terra, sondando camadas do solo, para regressar à terra, na última estação do mapa do Museu da Cidade, a mais oriental, que será na Quinta de Bonjóia - a futura Extensão da Natureza, que será uma sementeira”.


Sobre a estação do Reservatório, o diretor artístico do Museu da Cidade garantiu que “foi a sua [de Rui Moreira] visão e audácia que resgataram este equipamento tão singular para a vida cultural da cidade”.



Conhecer a cidade do Paleolítico à Época Contemporânea


A estação arqueológica do Reservatório é hoje um museu, um espaço de trabalho e de mediação e uma reserva viva que, nas palavras do diretor artístico do Museu, oferecem “vários estímulos e vários caminhos”.


Dividido por diferentes locais do território, como a Casa Guerra Junqueiro, o Arqueossítio da Rua Dom Hugo, a Casa do Infante, o Castelo da Foz, entre outros, onde as escavações dos séculos XX e XXI revelaram formas de povoamento de várias épocas desde a Época Contemporânea até ao Paleolítico, ali será possível ler a evolução da cidade, no espaço e no tempo.


A estação já está aberta a toda a cidade.

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    Atualizado pela última vez 2022-12-06